sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

PODER

Não sou o encantado
em travessuras
e risos
dispersos em horizontes
abafados nos gritos contidos
na eternização da lembrança

sou comum mortal: corpo
                             copo
                             sopro

sou racional conjunto
exposto à sanha dos iguais

não sou passagem abrupta
no ronco distante de motores
acelerados em máxima potência

desencantado
retorno ao álbum
em fotografias antigas.

(Pedro Du Bois, inédito)

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