terça-feira, 24 de novembro de 2015

MEDO

Olho a cena
vejo o corpo
tenho medo
do encontro
com a morte
no desencontro
pela vida

revejo os olhos assustados do adulto
           e tenho medo. Em atávico gesto
           desprendo as mãos e fujo

o medo paralisa os sentimentos. Imprime
pressa ao tempo: conservo abertos
os olhos despossuídos da razão
(o medo me alcança e consome).

(Pedro Du Bois, inédito)

Nenhum comentário:

Postar um comentário