quarta-feira, 18 de novembro de 2015

DESTERRO

Não é minha terra Aéreo
transito mares Desconsidero
a ancestralidade Órfão na recusa
de gestos posteriores reafirmo
a crença no destino No outono
recolho folhas caídas Refaço
cálculos Reescrevo palavras
Nada se abre em mistérios
não preenchidos de saudade
Carrego a alça do caixão
Tenho amigos corajosos
em sobrevidas Atraso
o relógio na reação tardia
dos embustes com que adianto
manobras ao infortúnio desterrado
no que resta ao repetir o pranto

(Pedro Du Bois, inédito)

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