terça-feira, 22 de setembro de 2015

HISTÓRIAS

Amanheço histórias
decoradas em detalhes
absortos nos mínimos
tremores: a mão risca
o papel esbranquiçado
em apagamentos: sei
do amor indesejado
pela imperial família
não esclarecida nas manhãs
recolhidas em úmidas calçadas:
raro amanhecer desmaiado
em cantares de galos devolvidos
aos olvidados campos dos nasceres:
após a conclusão da cerca pensa
a mulher colhendo sonhos: poderei
amaciar histórias antes das luzes
serem apagadas: aconteço
na moralização hiperbólica
de ensinamentos rudimentares.

(Pedro Du Bois, inédito)

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