segunda-feira, 20 de julho de 2015

VULTO


O inconsentido vulto
revê ultrapassadas
barreiras em corpos iguais
aos que povoam calçadas
de rostos desesperançados
nas mãos que os alentam

o vulto se retrai no escuro
canto que  em vão lamenta
e observa com olhos
tementes de responsabilidade

a consentida humanidade
maniqueísta na reprovação
do desconsolo irreal

longo vulto recolhido no desencanto
                            do reconhecimento.  

(Pedro Du Bois, inédito)

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