quinta-feira, 16 de julho de 2015

INTERVALOS

Vivo intervalos ao sentir
seus olhos distanciados

cubro espelhos em minha casa
sem reflexo trato meu trajeto
em inflexões e cumprimentos

intervalos devoram suas presas
em pagamentos espúrios
das sobrevivências anômalas
com que minotauros choram
culpas não solicitadas

do início ao tempo (a)final
dos movimentos sigo a sombra
em lentos passos na completeza
dos intervalos: sonhos acompanham
o corpo no trajeto.

(Pedro Du Bois, inédito)

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