Testemunho, em:
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com.br/2013/08/testemunho-pedro-du-bois_30.html
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
IGUALDADE
A igualdade sonhada
não se revela
no que mostra.
A conquista
é passo inicial
na desigualdade.
O caminho
percorrido em entregas
e o desmoronar
do corpo no ferimento
aberto.
(Pedro Du Bois, IGUAIS, Editora Projeto Passo Fundo, 2013)
não se revela
no que mostra.
A conquista
é passo inicial
na desigualdade.
O caminho
percorrido em entregas
e o desmoronar
do corpo no ferimento
aberto.
(Pedro Du Bois, IGUAIS, Editora Projeto Passo Fundo, 2013)
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
sábado, 24 de agosto de 2013
VIDAS
Se nada traz que acrescenta
aos inúmeros pedidos
selecionados em tresnoitados
seres de tantas vidas
não é o que se identifica
ou o que de longe surge
em resposta na passagem
o trivial variado
e a risada forçada
no entreato da novela
o espetáculo da publicidade
empanturra e entope a mente
em imagem do que lhe interessa
o que traz o presente de quem
se apresenta ausente.
(Pedro Du Bois, inédito)
aos inúmeros pedidos
selecionados em tresnoitados
seres de tantas vidas
não é o que se identifica
ou o que de longe surge
em resposta na passagem
o trivial variado
e a risada forçada
no entreato da novela
o espetáculo da publicidade
empanturra e entope a mente
em imagem do que lhe interessa
o que traz o presente de quem
se apresenta ausente.
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Vidráguas
Primeira Viagem e Convite para Iguais e Amantes nas Entrelinhas, em:
http://vidraguas.com.br/wordpress/2013/08/23/iguais-e-amantes-nas-entrelinhas-na-jornada-de-literatura-de-passo-fundo/#respond
http://vidraguas.com.br/wordpress/2013/08/23/iguais-e-amantes-nas-entrelinhas-na-jornada-de-literatura-de-passo-fundo/#respond
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
VINGANÇA
Não me peça
a raiva
disposta
em círculos
maiores
acolhida no todo
da parte
segregada
bem estar e forno engordurado
na obrigatória peça assada
para alimentar o corpo
antes que esfrie
o círculo na perfeição da forma
guarda a raiva
embutida
em vingança.
(Pedro Du Bois, inédito)
a raiva
disposta
em círculos
maiores
acolhida no todo
da parte
segregada
bem estar e forno engordurado
na obrigatória peça assada
para alimentar o corpo
antes que esfrie
o círculo na perfeição da forma
guarda a raiva
embutida
em vingança.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
ESPERA
Esteja desatento
desavisado
desnorteado
desamparado
desviado
desvirtuado
desvalido
do lado de fora
enxergue o quarto
e sinta o perfume
tresnoitado busque refúgio
longe da entrada
destacado
destinado
desmiolado
desventurado.
(Pedro Du Bois, inédito)
desavisado
desnorteado
desamparado
desviado
desvirtuado
desvalido
do lado de fora
enxergue o quarto
e sinta o perfume
tresnoitado busque refúgio
longe da entrada
destacado
destinado
desmiolado
desventurado.
(Pedro Du Bois, inédito)
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
ÉPOCA
Época em que esperam
repetir o feito
defuntos afloram
nos cânticos
com que oram
as horas que virão
desfocada imagem
permanece ao alcance
da criança que a resume
no riso com que a afaga
antes escureça de vez.
(Pedro Du Bois, inédito)
repetir o feito
defuntos afloram
nos cânticos
com que oram
as horas que virão
desfocada imagem
permanece ao alcance
da criança que a resume
no riso com que a afaga
antes escureça de vez.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 18 de agosto de 2013
sábado, 17 de agosto de 2013
HORA
A hora da batalha no sorriso nervoso
com que olha entre lágrimas a certeza
de que a morte espreita nas balas
perdidas do inimigos
faz da conquista profissão e a fé esmaece
sua força e físico ao saber das razões
do início e do dinheiro que lhe é pago
as posições definidas antes do início
em que os amigos estão ao lado
e na outra face a mesma angústia
que a espera encerra no antegozo
do momento
a perda perpassa a mente
e seus olhos turvam
e as mãos tremem
sua morte capturada em duras realidades
famintas
sedentas nas políticas
extremadas de discursos foscos
(paredes em que tiros entranham
a carne que não é sua)
do nada ao extremo gesto
no empunhar a arma
apontar
e disparar o tiro
no inimigo
que também dispara
contra você atento
ao sibilar da bala
que lhe atravessa o uniforme
e explode o corpo
em ossos e vísceras
é você o soldado errôneo
nesta guerra (estúpida)
em que os sentidos se perdem
antes dos tiros e cabeças feridas
não se entendem e violam leis
no aguardar os instantes
finais do embate
em que se perdem vidas
(por nada).
(Pedro Du Bois, inédito)
com que olha entre lágrimas a certeza
de que a morte espreita nas balas
perdidas do inimigos
faz da conquista profissão e a fé esmaece
sua força e físico ao saber das razões
do início e do dinheiro que lhe é pago
as posições definidas antes do início
em que os amigos estão ao lado
e na outra face a mesma angústia
que a espera encerra no antegozo
do momento
a perda perpassa a mente
e seus olhos turvam
e as mãos tremem
sua morte capturada em duras realidades
famintas
sedentas nas políticas
extremadas de discursos foscos
(paredes em que tiros entranham
a carne que não é sua)
do nada ao extremo gesto
no empunhar a arma
apontar
e disparar o tiro
no inimigo
que também dispara
contra você atento
ao sibilar da bala
que lhe atravessa o uniforme
e explode o corpo
em ossos e vísceras
é você o soldado errôneo
nesta guerra (estúpida)
em que os sentidos se perdem
antes dos tiros e cabeças feridas
não se entendem e violam leis
no aguardar os instantes
finais do embate
em que se perdem vidas
(por nada).
(Pedro Du Bois, inédito)
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
VIDA
Que a viva
alma
trazida
em cavalos de pau
retorne
nas brincadeiras
trocadas
em mensagens
puras
de entretenimento
quem não se reconhece
e esquece as brincadeiras
se faz de desentendido
e evita sua participação
em revide.
(Pedro Du Bois, inédito)
alma
trazida
em cavalos de pau
retorne
nas brincadeiras
trocadas
em mensagens
puras
de entretenimento
quem não se reconhece
e esquece as brincadeiras
se faz de desentendido
e evita sua participação
em revide.
(Pedro Du Bois, inédito)
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
SOBREVIVÊNCIA
O sal
a água
a carne
a folha
na sobrevivência o encontro
e as contas pagas em divinas
prestações continuadas nos remédios
inodoros de fracos resultados.
(Pedro Du Bois, inédito)
a água
a carne
a folha
na sobrevivência o encontro
e as contas pagas em divinas
prestações continuadas nos remédios
inodoros de fracos resultados.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 11 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
Estudo Geral
Espinha e convite para o lançamento de Iguais, em:
http://luis-eg.blogspot.com.br/2013/08/projeto-passo-fundo.html
http://luis-eg.blogspot.com.br/2013/08/projeto-passo-fundo.html
Arcanos Grávidos
O Senhor das Estátuas (Márcio Almeida), também, em:
http://arcanosgravidos.wordpress.com/2013/08/10/o-senhor-das-estatuas-de-pedro-du-bois-marcio-almeida/
http://arcanosgravidos.wordpress.com/2013/08/10/o-senhor-das-estatuas-de-pedro-du-bois-marcio-almeida/
O Senhor das Estátuas, visto por Márcio Almeida
O SENHOR DAS ESTÁTUAS, DE PEDRO DU BOIS
Márcio
Almeida
Ao escrever “Saber de pedra – o
livro das estátuas” (1999), o professor doutor da UFMG Luís Alberto Brandão
Santos como que criou uma taxionomia para o “gênero” ensaístico por demais
incisiva e enriquecedora para o discernimento de livros similares. Segundo ele,
entre a tarefa da estátua está a de concentrar em si mesma “um estado de
alerta”, uma vez ser preciso saber “ser ela observada”, assim como ser também
“ignorada no seu papel no funcionamento do maquinário urbano “garantida pela
distração dos olhares em trânsito”; por ser ela “um anteparo para o exercício
da indiferença: é importante que esteja lá, despercebida, exatamente para que a
ação de não perceber ocorra.”
A estátua tem, portanto, que
enfrentar esse grande desafio, conforme acepção do mestre mineiro: “ser
presença absoluta, radicalmente constante, na mesma proporção em que é
ausência, coordenada nula para os sentidos.” Então Brandão Santos observa nas
estátuas a força de uma presença sagrada, quando paralisada “por uma revelação”;
quando “a nudez do corpo desperta polêmica”; quando a pose tem “a intenção de
gerar um efeito, seja o de uma situação extraordinária, seja o de uma cena
banal”; quando nela a água é “cristal recheado de movimento”; quando “as
estátuas são guardiãs da verdade, mas também avisos de que a justiça só é cega
se for muda”; quando, interagindo com o espaço urbano quer dizer que “a cidade
que não muda não tem passado”, donde a estátua ser “maleabilidade temporal.”
Além de ser síntese da vida, a
representatividade das estátuas permite uma leitura de um processo de
condensação de sentidos e de significações, pois é também o objeto de
estranhamento que se vai identificar geralmente como obra de arte, adquirindo
desse modo um caráter surpreendente e comportamento imprevisto para os olhares
de sua identificação, dando-se a revelar em sua imutabilidade e indiferença.
Contudo a estátua é também uma obra de arte e como tal ela é flagrada como o ar
dotado de vida. Neste caso, diria Bachelard, “uma estátua é tanto o ser humano
imobilizado pela morte como a pedra que quer nascer numa forma humana.” É
tamanha, às vezes, a animação, que chega a lembrar La vénus d´ille, de Prosper
Mérimée. Como faz lembrar Goethe quando diz em “Máximas e reflexões” que “as
pedras são mestres mudos. Atingem com o mutismo o observador.” Ou a aceitar ou
não a provocação de Guillevic, quando a faz em “Terraqué”: “Se um dia vires –
que uma pedra te sorri – irás dizê-lo?”
Pedro Du Bois sentiu-se provocado
pelo tema e produziu O Senhor das
Estátuas (Penalux, 2013), o mais consistente livro de sua vastíssima
produção poética. A partir da motivação da obra do escultor João Bez Batti, o
poeta generalizou reflexões alusivas à estátua, reunindo desde sua
materialidade à abstração do objeto.
Às vezes a síntese surpreende e vale
por todo o livro: “O exemplo personifica a coisa – afeita e da madeira a forma
– conformada no desbaste. – Lixa a peça – e a pinta – nas cores escolhidas. – A
coisa transcende a ideia – original do dono – e se assenhora. (IV)” De outra
feita o devaneio advém do metabolismo mineral com seu signo substancial a
culminar no “próprio sonho do fogo excessivo”: “Imenso os aspectos – atraídos
pelas mãos que criam a ilusão da vida. O metal tem olhos e ouvidos: não escuta
e não enxerga. – A mão sustenta a luva. – os pés contraem a terra. - Diz que
respira e oxida – Mãos recriam o fantasmagórico: escuta e enxerga. (XIV)”. De
vez que há uma confissão do poeta: “Estátuas dizem segredos – engessados em
acidentes (XXX). Para guardá-los, observa o poeta, o senhor das estátuas, como
um operário da beleza imóvel, “decifra o silêncio – estendido nos olhos
fechados e nas mãos postas (XXXII); “em todas as horas de todos os dias –
observa o detalhe da pedra – o granito áspero – o mármore em água – o metal – a
madeira retratada – [a sua própria] imobilidade do senhor diante do abismo (XXXIII)”.
E outra confissão do senhor das estátuas: “Busca na estátua o significado –
encravado pelo artífice: a dor – a
fertilidade – o coroamento – a desfaçatez – a guarda do corpo – decomposto em
tempo. – Rebuscada em sua esterilidade – a estátua traduz o despropósito – de
ser tomada como referência (L).” Por isso a conclusão que a estátua tira de si
mesma: “A estátua não se submete – em servir ao senhor: recusa – o serviço
incômodo – de ser movimento. – Não receia o castigo – de ser observada
cegamente – em toque de mãos (LV)”.
O senhor estatuário duboisiano é o
que “não se conforma no limite, no bloco desgastado em cortes e no lixar
recorrente”, mas o que “avança espaços – e se confronta com o inexistente”, o
que “contempla o pensamento – e paciente recolhe aparas – de amarras
desconfortáveis (XXXVI)”. O senhor das estátuas é o que “receia desconhecer na
afetação da pose a madeira corroída em cupins: pedra esvoaçante em lançamentos
concêntricos e o papel endurecido cola o refazer do sentido em perdida imagem
(XXXVII)”. Em nível do folclore, “o senhor contempla a proa embevecida – na
face encravada como promessa de travessia: a carranca reduz – o medo na
necessidade da partida (XXXIX)”. Às vezes o senhor das estátuas as recupera “em
enigmas indecifráveis”, quando “dispõe sobre as bases elementos concretos: ama
o paradoxo da frieza da pedra – e no metal deixa a sua marca (XLVIII)”.
Na concepção de Du Bois, “a estátua
representa a ação intencional – da sobrevivência – e da criação deletéria – de
outras vidas (LVII)”.
Do tema imóvel ao texto mobilizador,
O senhor das estátuas antepõe a
poesia como espaço do objeto da matéria pensada para servir de reflexão ao
“resultado da vida concretizada em atos confessados” (III), “memória e
apresentação – impropriedade: proximidade entre o objeto e o modelo – monólogo
entre a vida e a prisão em vida (XVIII)” – ao nada [que] é revisto no retorno –
e ao tudo [que] se desorienta no estado primitivo (XXI)”; à “ilusão degradada
em realidade” (XXIII”).
Bibliografia básica
BACHELARD, Gaston. A
terra e os devaneios da vontade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
SANTOS, Luís Alberto
Brandão. Saber de pedra – o livro das estátuas. Belo Horizonte:
Autêntica, 1999.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
TRAZER
porque trago o presente
a forma e o conteúdo
residem e ficam comigo
mesmo o escuro se mostra
no grito do pedido
o perdão na letra da canção
e o animal ciente da vontade
posso ter você para o sempre
lembrado tempo da estalagem
e apago as luzes satisfeito
porque a ilusão envolve o corpo
contido em luzes de apagadas
horas de sonhos e vontade.
(Pedro Du Bois, inédito)
a forma e o conteúdo
residem e ficam comigo
mesmo o escuro se mostra
no grito do pedido
o perdão na letra da canção
e o animal ciente da vontade
posso ter você para o sempre
lembrado tempo da estalagem
e apago as luzes satisfeito
porque a ilusão envolve o corpo
contido em luzes de apagadas
horas de sonhos e vontade.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Meio tom
Tânia Du Bois, sobre O Senhor das Estátuas, em:
http://www.meiotom.art.br/tania13estatua.htm
http://www.meiotom.art.br/tania13estatua.htm
Literatura sem Fronteiras
Tânia Du Bois, em Sobre O Senhor das Estátuas, em:
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com.br/2013/08/sobre-o-senhor-das-estatuas-tania-du.html
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com.br/2013/08/sobre-o-senhor-das-estatuas-tania-du.html
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Poesia Delivery
Iguais, convite para sessão de autógrafos, em:
http://poesiadelivery.blogspot.com.br/2013/08/projeto-passo-fundo-e-os-autores.html
http://poesiadelivery.blogspot.com.br/2013/08/projeto-passo-fundo-e-os-autores.html
Literatura sem Fronteiras
O Senhor das Estátuas, no comentário de Nilto Maciel, em:
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com.br/2013/08/com-jose-albano-e-valquiria-monterosso.html#more
http://literaturasemfronteiras.blogspot.com.br/2013/08/com-jose-albano-e-valquiria-monterosso.html#more
SONS
A música é a estrada
da fuga onde o império
se reparte no encantamento
que nos deixam os deuses
de papel e dos amores
sobrescritados em envelopes
sons nos transportam ao mundo
onde escutamos os tons e os tambores
invernais das primeiras cavernas: o osso
sobre a pedra e o silêncio em resposta
rolam pedras quando o monte
desmorona e quedas determinam
os sons do nascimento em novas
cavernas onde ecoam passados.
(Pedro Du Bois, inédito)
da fuga onde o império
se reparte no encantamento
que nos deixam os deuses
de papel e dos amores
sobrescritados em envelopes
sons nos transportam ao mundo
onde escutamos os tons e os tambores
invernais das primeiras cavernas: o osso
sobre a pedra e o silêncio em resposta
rolam pedras quando o monte
desmorona e quedas determinam
os sons do nascimento em novas
cavernas onde ecoam passados.
(Pedro Du Bois, inédito)
terça-feira, 6 de agosto de 2013
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
SOBRE AS FORÇAS
Dizem sobre os processos em suas partes
na traição do que acontece em cada árvore
da tentação atraída pela bizarra figura
e do ódio concentrado em ações
fazem sugestões em relação ao tempo
de plantio e colheita e como se pega
o garfo com a mão esquerda e se chuta
a bola enquanto for primeiro o tempo
mentem descobertas científicas e palavras
recomendadas em prosa e verso do artista
que luta na emaranhada rede entre peixes
menores espécies na sobrevida das areias
gritam nossos nervosos tremores no rasgar
das folhas e no despertar a fera em rosnados
com que afugenta a presa ainda livre e reluz
o ouro em mãos de pedintes estátuas.
(Pedro Du Bois, inédito)
na traição do que acontece em cada árvore
da tentação atraída pela bizarra figura
e do ódio concentrado em ações
fazem sugestões em relação ao tempo
de plantio e colheita e como se pega
o garfo com a mão esquerda e se chuta
a bola enquanto for primeiro o tempo
mentem descobertas científicas e palavras
recomendadas em prosa e verso do artista
que luta na emaranhada rede entre peixes
menores espécies na sobrevida das areias
gritam nossos nervosos tremores no rasgar
das folhas e no despertar a fera em rosnados
com que afugenta a presa ainda livre e reluz
o ouro em mãos de pedintes estátuas.
(Pedro Du Bois, inédito)
domingo, 4 de agosto de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
DESCALÇOS
Os pés descalços
sobre o acinte da calçada
em molhado caminho
intransitável de vontades
e subjetivas horas intercaladas
em haveres e teres
os pés
descalços
avançam e as pedras
não resistem aos contato
de passos em artimanhas
e frágeis poemas nus
sob as águas devolvidas
ao leito
descalços
em sombras inúteis entre muros
de cantos indizíveis do que a natureza
diz e não cobra a obrigação de ali estar
no sentir o chão e o corpo entrelaçados.
(Pedro Du Bois, inédito)
sobre o acinte da calçada
em molhado caminho
intransitável de vontades
e subjetivas horas intercaladas
em haveres e teres
os pés
descalços
avançam e as pedras
não resistem aos contato
de passos em artimanhas
e frágeis poemas nus
sob as águas devolvidas
ao leito
descalços
em sombras inúteis entre muros
de cantos indizíveis do que a natureza
diz e não cobra a obrigação de ali estar
no sentir o chão e o corpo entrelaçados.
(Pedro Du Bois, inédito)
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
FERAS
Na violência
o impacto
desnuda
a fera
ao lado
fosse amiga
e par
impassível assiste
ao fim do ciclo
e não se regenera
retorna ao átrio
onde pode ser vista
impoluta e séria
guardiã da graça
e do mistério
a violência (a)guardada
explode contra a parede
e a fera morre.
(Pedro Du Bois, inédito)
o impacto
desnuda
a fera
ao lado
fosse amiga
e par
impassível assiste
ao fim do ciclo
e não se regenera
retorna ao átrio
onde pode ser vista
impoluta e séria
guardiã da graça
e do mistério
a violência (a)guardada
explode contra a parede
e a fera morre.
(Pedro Du Bois, inédito)
Letras et cetera
Texto da Tânia sobre O Senhor das Estátuas, em:
http://nanquin.blogspot.com.br/2013/07/sobre-o-senhor-das-estatuas.html
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